THCV

THCV: O Canabinoide que Reduz o Apetite e Pode Combater Diabetes e Obesidade

     Assista o vídeo no youtube sobre o tema explicado pelo Médico Especialista Dr. Normanha clicando AQUI

O que é THCV?

        O THCV, ou Δ-9-Tetrahidrocanabivarina, é um fitocanabinoide não muito conhecido do público geral, mas que tem despertado grande interesse da comunidade científica. Ele foi descoberto em 1969 pelo pesquisador F. Merkus e faz parte da mesma família do THC (tetrahidrocanabinol), mas apresenta propriedades farmacológicas bastante distintas e, em muitos casos, opostas.

        Apesar da semelhança estrutural, o THCV atua como um antagonista do receptor canabinoide CB1, o que significa que ele bloqueia ou reduz os efeitos que o THC normalmente causa ao ativar esse receptor — como o aumento do apetite, o relaxamento e a euforia. Por isso, ao contrário do THC, o THCV não dá “larica” — ele corta a fome.

Como o THCV age no corpo?

        O THCV interage com o Sistema Endocanabinoide (SEC), que é uma rede complexa de receptores, neurotransmissores e enzimas responsáveis por manter o equilíbrio (homeostase) em processos como humor, apetite, metabolismo, dor e memória.

  • No receptor CB1, ele atua como antagonista parcial, inibindo os efeitos psicoativos típicos do THC.

  • No receptor CB2, comumente envolvido com respostas imunes e inflamatórias, age como agonista, ou seja, ativando esse receptor.

  • Ele também pode modular canais iônicos como o TRPV6, associados à dor e proliferação celular, e receptores serotoninérgicos como o 5-HT1A, com efeito possível de regulação do humor.

        Essas interações sugerem que o THCV tem um perfil farmacológico complexo e altamente promissor para diversas condições clínicas, com efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios, neuroprotetores e metabólicos.

THCV e o Controle do Apetite

        Talvez o efeito mais popular e estudado do THCV seja sua capacidade de suprimir o apetite. Isso o torna um candidato ideal para o tratamento da obesidade e da síndrome metabólica.

        Em um estudo pré-clínico conduzido por E. Wargent et al. (2013), demonstrou reduzir significativamente o ganho de peso em camundongos obesos, sem afetar a ingestão calórica ou causar efeitos adversos comportamentais. Outro estudo, de K. Jadoon et al. (2016), mostrou que o THCV melhorou a sensibilidade à insulina, reduziu os níveis de glicose plasmática e aumentou a função das células beta pancreáticas — que são responsáveis por produzir insulina.

        Já em 2025, um ensaio clínico com humanos saudáveis, conduzido por G. Smith, utilizou tiras mucoadesivas com THCV e CBD administradas diariamente. Os participantes apresentaram perda de peso clinicamente significativa, além de redução da circunferência abdominal, pressão arterial sistólica e colesterol LDL — reforçando o potencial terapêutico do THCV no manejo do metabolismo.

thcv

 

THCV também atua em vícios, dores e saúde mental

        Outros efeitos observados incluem:

  • Redução da dor inflamatória e neuropática (Kavala et al., 2022)

  • Efeito antiepiléptico (Hill et al., 2010)

  • Ação antipsicótica leve, especialmente por sua interação com receptores serotoninérgicos (Cascio et al., 2015)

  • Inibição de compulsões associadas a opioides, cannabis e nicotina (Galaj et al., 2019; Xi et al., 2019)

        Além disso, demonstrou atividade contra bactérias resistentes, como o MRSA, mostrando potencial como agente antimicrobiano.

Efeitos colaterais e considerações

        Por ser um antagonista do CB1, pode causar disforia em algumas pessoas — uma sensação oposta à euforia. Isso foi observado em estudos com antagonistas CB1 mais potentes, como o Rimonabant, que foi retirado do mercado europeu após relatos de depressão e ideação suicida.

        Por isso, o uso isolado requer cautela. Em formulações balanceadas com outros canabinoides, como o CBD, esses efeitos podem ser minimizados, mantendo-se os benefícios metabólicos e neurológicos.

        O THCV é um canabinoide multifuncional com enorme potencial terapêutico, especialmente nas áreas de:

  • controle de apetite

  • diabetes tipo 2

  • síndrome metabólica

  • neuroproteção

  • redução de compulsões e vícios

        Apesar de ainda ser pouco explorado no mercado e nas práticas clínicas, ele representa uma promissora alternativa natural para diversos problemas de saúde crônicos.

        Quer saber mais sobre cannabis medicinal e terapias naturais? Continue acompanhando nosso blog e compartilhe este conteúdo com quem precisa conhecer as novas fronteiras da medicina canabinoide.

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