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Transtorno do Espectro Autista e Canabidiol : Tratamento Alternativo ?

Falando mais sobre o Transtorno do espectro autista (TEA)

           O transtorno do espectro autista TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico que pode causar problemas significativos com a comunicação, interação social e comportamento. Embora não haja uma única causa conhecida para o autismo, a pesquisa sugere que pode ser resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

           Os sintomas do TEA podem variar amplamente, mas geralmente incluem dificuldades com a comunicação, como dificuldades com o uso adequado do linguagem ou incapacidade de iniciar ou manter conversas. Também podem haver dificuldades com interações sociais, como evitando contato visual ou tendo dificuldade em compreender as expectativas sociais. Além disso, pode haver comportamentos repetitivos ou interesses restritos.

           O diagnóstico geralmente é feito por profissionais da saúde mental, como psiquiatras ou psicólogos. O processo de diagnóstico inclui uma avaliação clínica, que pode incluir uma avaliação do comportamento, da comunicação e das habilidades sociais, bem como uma história médica e familiar. Além disso, pode haver uma avaliação neurológica e genética para descartar outras condições que podem estar contribuindo para os sintomas.

           O tratamento é frequentemente centrado na terapia comportamental e na educação, incluindo terapia ocupacional, fala e terapia comportamental ABA. Além disso, pode haver medicamentos prescritos para ajudar a tratar sintomas associados, como hiperatividade ou ansiedade.

           A educação inclusiva é também uma parte importante do tratamento para o TEA, ajudando a garantir que as crianças com autismo tenham acesso a oportunidades iguais de aprendizagem e interação social. Isso pode incluir ajustes de ensino e apoio, bem como treinamento para professores e colegas para melhor compreender e apoiar as necessidades das crianças com essa condição principalmente na infância.

            Ao longo dos anos, a compreensão e o tratamento têm avançado significativamente, mas ainda há muito a ser feito. É importante continuar a apoiar a pesquisa e a educação para ajudar a garantir que as pessoas com autismo tenham acesso aos recursos e suporte de que precisam para ter uma vida plena e realizada.

            O TEA é uma condição complexa e variável que pode afetar a comunicação, interação social e comportamento. Embora ainda não tenhamos uma compreensão completa das causas, estamos aprendendo mais a cada dia através da pesquisa e do avanço da tecnologia. É importante lembrar que as pessoas com TEA são indivíduos únicos e não devem ser julgadas ou estereotipadas devido a sua condição. 

          Em vez disso, devemos procurar entender e apoiar as necessidades de cada pessoa com transtorno do espectro autista, bem como trabalhar juntos para construir uma sociedade mais inclusiva e compreensiva.

            Essa é uma condição complexa que requer compreensão e apoio. Embora ainda haja muito a ser feito no campo da pesquisa, estamos constantemente aprendendo mais e avançando em direção a uma sociedade mais inclusiva e compreensiva para todas as pessoas, independentemente de suas habilidades ou desafios. 

            E nesse escopo de possibilidades surge as terapias de modulação à base de canabinoides que vêm se demonstrando uma alternativa plausível, eficaz em alguns casos e com mínimos efeitos colaterais. Entenda mais sobre Transtorno do espectro autista e o canabidiol.

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Sistema Endocanabinoide e sua relação com os sintomas e sinais do TEA

           O sistema endocanabinoide (SEC) é uma rede de receptores e moléculas que atuam no corpo humano para regulamentar vários processos, incluindo o humor, a dor, o apetite e a resposta imunológica. Recentemente, houve um crescente interesse na investigação da relação entre o sistema endocanabinoide e o transtorno do espectro autista (TEA).

           Alguns estudos sugerem que o sistema endocanabinoide pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento do cérebro e na regulação da comunicação neural. Algumas pesquisas também indicam que os níveis anormais de endocanabinoides no cérebro podem estar relacionados aos sintomas de TEA, incluindo a comunicação e a interação social comprometidas.

           A terapia com canabinoides sintéticos, como o dronabinol e o nabilona, tem sido estudada como uma possível opção de tratamento para o TEA. Esses medicamentos funcionam ao ativar os receptores de endocanabinoides no cérebro e ajudar a equilibrar a comunicação neuronal. Alguns estudos mostraram melhorias na comunicação e nas habilidades sociais em indivíduos que receberam esses medicamentos, embora ainda seja necessário mais estudos para determinar a eficácia a longo prazo e a segurança desses tratamentos.

           Já existem pesquisas ao redor do mundo demonstrando a segurança e a eficácia principalmente de produtos de espectro total contendo o canabidiol como composto prevalente. Com o tempo teremos mais pesquisas clínicas para trazer ainda mais segurança para os profissionais prescreverem sem receio e com habilidade.

           No entanto, é importante lembrar que a terapia com convencional por muitas vezes utilizam medicamentos em que a sua toxicidade supera os benefícios, evidenciando casos refratários mesmo ao tratamento habitual, dificultando o desenvolvimento e prejudicando a função cognitiva nos primórdios da vida destes indivíduos. Muitos desses medicamentos prescritos possuem em sua fórmula substâncias muita mais nocivas que os canabinoides e em especial o canabidiol e o tetra-hidrocanabinol, induzindo menos efeitos adversos quando utilizados da forma correta e na dose adequada.

           Mais recentemente foi publicado à respeito do endocanabinoidoma, um sistema endocanabinoide ampliado, que pode explicar mais ainda a relação dos sintomas do TEA com a deficiência de endocanabinoides.

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Transtorno do Espectro Autista TEA e o tratamento com Canabidiol

           O uso do canabidiol (CBD), um composto não psicoativo encontrado na cannabis, tem sido investigado como uma possível opção de tratamento para o transtorno do espectro autista (TEA). Muitos pais e cuidadores relataram melhorias na ansiedade, agressividade, comportamento repetitivo e sono em indivíduos após o uso de CBD.

          No entanto, ainda há uma falta de evidências científicas sólidas para apoiar o uso do CBD no tratamento do TEA com mais assertividade. Embora alguns estudos pré-clínicos tenham encontrado resultados positivos, a maioria das pesquisas humanas até o momento são de pequena escala e de curta duração, o que torna difícil fazer conclusões definitivas sobre a eficácia do CBD no tratamento do TEA.

           O mecanismo de ação do CBD no TEA ainda não é bem compreendido, mas acredita-se que ele possa atuar nos receptores de endocanabinoides no cérebro, ajudando a equilibrar a comunicação neuronal e a regulamentar processos corporais importantes, como o humor e a ansiedade. Alguns estudos também sugerem que o CBD pode ser eficaz na redução da hiperatividade, da ansiedade e dos comportamentos repetitivos.

           Outra teoria do neurocientista PhD Dr. Ethan Russo que traz uma série de evidências de que, patologias refratárias e que compartilham singularidades com o SEC, possam ser resultados de deficiências do SEC, reduzindo um tônus endocanabinoide responsável pela homeostase de processos neuro-psíquicos como as emoções, motivação e recompensa, habilidades motoras e preservação da capacidade cognitiva e ainda processos simples, como o sono e a vigília, apetite e humor.

            Em conclusão, embora o uso do CBD como tratamento para o TEA tenha sido objeto de muita discussão, ainda há uma falta de evidências científicas sólidas para suportar sua eficácia. Embora algumas pessoas relatem melhorias após o uso de CBD, é importante ter cautela e discutir com um médico antes de considerar essa opção de tratamento. Além disso, é importante lembrar que a regulamentação do CBD varia de país para país e que alguns países podem ter restrições ao seu uso.

            Ao realizar o tratamento com um profissional habilitado e com produtos de qualidade e origem conhecidas, as chances de ter um controle eficaz dos sintomas é ampliado diante da complexidade que é ajustar fórmulas e doses dos produtos mais diversos disponíveis atualmente. Se bem indicado e bem ajustado pode ser um ótimo aliado ao tratamento convencional ou até substitui lo em algum momento. 

           Importante lembrar que tudo isso no Brasil ainda é experimental e não tem garantia de melhoras. Só o tempo poderá dizer mas até o presente momento estamos caminhando diante de muitos resultados positivos.

           O quadro abaixo apesar de estar em inglês, traz alguns resultados promissores encontrados sobre o uso do CBG nesses casos de TEA.

 
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Outros canabinoides para o TEA

          O canabigerol (CBG) é outro composto encontrado na cannabis que tem sido investigado quanto às suas propriedades terapêuticas. Apesar de ser menos conhecido do que o canabidiol (CBD), o CBG tem sido estudado em modelos animais como possível tratamento para várias condições, incluindo o transtorno do espectro autista (TEA).

          Até o momento, ainda há poucas evidências científicas sobre o uso do CBG no tratamento do TEA. Alguns estudos pré-clínicos têm encontrado resultados positivos, sugerindo que o CBG pode ter propriedades ansiolíticas, antipsicóticas e anti-inflamatórias. No entanto, muito mais pesquisas são necessárias para compreender plenamente os efeitos do CBG no TEA e para confirmar sua segurança e eficácia como tratamento.

           Outra propriedade estudada pela ciência atual seria do canabigerol possuir alta atividade anti inflamatória podendo contribuir em processos oxidativos crônicos e exagerados assim como inflamação sistêmica, encontrada nas patologias neurodegenerativas e por vezes também nos transtornos do desenvolvimento em crianças e adolescentes. Mais futuramente saberemos a eficácia deste e de outros compostos canabinoides.

Pesquisas atuais envolvendo Transtorno do espectro autista e canabidiol

 

          Nos últimos dez anos, o envolvimento do sistema endocanabinoide em casos de autismo e distúrbios invasivos do desenvolvimento foi examinado diretamente por vários ensaios clínicos e pré-clínicos publicados. 

          Os dados revelam que: Os níveis sanguíneos de endocanabinóides como a anandamida (AEA) são mais baixos em crianças com autismo; A modulação baseada em ECS do sistema monoaminérgico e dos sistemas de oxitocina pode oferecer novas abordagens para o tratamento; A modulação baseada em ECS de processos como neuroinflamação, neurogênese e função cognitiva (por exemplo, memória) sugere um papel potencialmente terapêutico.

            A terapêutica à base de cannabis parece ser uma opção bem tolerada, segura e eficaz para aliviar os sintomas associados à doença; O CBD oral foi capaz de reduzir vários sintomas, como automutilação, hiperatividade e agitação psicomotora.

          Temos um total de 65 estudos primários sendo deles 1 meta-análise, 8 ensaios duplo-cegos e 6 ensaios clínicos, sendo a maioria deles sendo desenvolvidos nos países como : 
 

Os três principais países que estudam a cannabis e o transtorno do espectro autista (TEA) incluem:

  1. Estados Unidos: A pesquisa sobre cannabis e TEA tem sido intensa nos Estados Unidos, onde muitas instituições de pesquisa têm conduzido estudos clínicos e pré-clínicos. Alguns estados americanos também já legalizaram a utilização médica da cannabis, o que tem permitido aos médicos prescrever seus compostos, incluindo o canabidiol (CBD), para o tratamento de várias condições.

  2. Israel: Israel é conhecido por sua liderança na pesquisa sobre cannabis e suas aplicações médicas. O país tem uma cultura aberta em relação à cannabis e seus compostos, o que tem permitido aos pesquisadores conduzir estudos inovadores e avançados sobre o uso da cannabis no tratamento.

  3. Europa: Alguns países da Europa, incluindo a Itália, a Alemanha e a Espanha, também têm sido ativos na pesquisa sobre cannabis e suas aplicações médicas, incluindo o uso do canabidiol (CBD).

Em relação às instituições de pesquisa, as três principais instituições que estudam a cannabis e o TEA incluem:

  1. National Institute of Mental Health (NIMH): A NIMH é a principal instituição de pesquisa sobre saúde mental dos Estados Unidos e tem conduzido estudos sobre o uso da cannabis e seus compostos no tratamento de várias condições.

  2. Weizmann Institute of Science: O Instituto Weizmann de Ciência, localizado em Israel, é uma das instituições de pesquisa mais renomadas do mundo e tem sido ativo na pesquisa sobre cannabis e suas aplicações médicas.

  3. Instituto de Investigação do Câncer da Universidade Complutense de Madrid: O Instituto de Investigação do Câncer da Universidade Complutense de Madrid, na Espanha, tem sido uma das principais instituições de pesquisa europeias sobre o uso da cannabis e seus compostos no tratamento de várias condições, incluindo o TEA.

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Procure alternativas se o tratamento convencional não tem ajudado

          Nós do Instituto de Medicina Orgânica através de uma equipe especializada na prescrição e acompanhamento dos pacientes em indicação para o uso dos canabinoides. 
          
           Caso não esteja encontrando benefícios no tratamento atual medicamentoso, ficaremos felizes em poder conduzi los nessa trajetória que envolve profissionais atuando de forma interdisciplinar em conjunto com os fitocanabinoides.
 
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